Que punição será para mim se os livros tradicionais se transformarem, como parece estar a acontecer, em bits informáticos. Não é só o objecto, o toque do papel, o cheiro que se perde, é também a memória. Os livros digitais são muito mais efémeros, impessoais que os livros em papel. Eles não se vêem, não terão estantes onde os guardar e perder-se-ão relíquias, recordações que os livros antigos trazem consigo, como é o exemplo desta deliciosa dedicatória encontrada num livro, de José Rodrigues Migués, «Uma Aventura Inquietante» (ou não?…) Transcrevo aqui a dedicatória para aqueles que não consigam decifrar a letra:
Lisboa 30/05/81
Cândida,
Não achas que seria mais belo e sobretudo mais lógico, juntarmos os corpos às almas?...
Manel
Jaime Bulhosa
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