segunda-feira, 23 de setembro de 2013


A escola sustentável: eco-alfabetizando pelo ambiente - Lucia Legan

O livro tem um dos mais belos e atuais objetivos que uma obra pode ter : convencer o leitor, especialmente crianças e jovens, de que é preciso plantar para a nossa nutrição, e salvar a Terra para a alimentação das gerações futuras. A tarefa, segundo o autor, cabe aos professores para quem a obra é um grande passo para saber o que e como ensinar. Comece a semear hoje mesmo. 

A escola sustentável: eco-alfabetizando pelo ambiente - Lucia Legan

ALFABETIZAÇÃO ECOLOGICA


STONE, MICHAEL K / BARLOW, ZENOBIA
CULTRIX
ISBN: 9788531609602
Ano Edição : 2006

Número Edição : 1
Qtde. Páginas : 312
Resenha:
Segundo os pensadores e educadores que escreveram este livro revolucionário, reorientar o modo como os seres humanos vivem e educar as crianças para que atinjam seus potenciais mais elevados são tarefas com aspectos bem semelhantes. Ambas têm de ser vistas e abordadas no contexto dos sistemas: familiar, geográfico ecológico e político. Nosso empenho para criar comunidades sustentáveis será em vão caso as futuras gerações não aprendam a estabelecer uma parceria com os sistemas naturais, em benefício de ambas as partes. Em outras palavras, elas terão que ser "ecologicamente alfabetizadas".O conceito de "alfabetização ecológica", inspirado nas teorias de Fritjof Capra e de outros líderes do Centro de Eco-Alfabetização, localizado em Berkeley, na Califórnia, vai além de educação ambiental como disciplina escolar. Ele visa, como escreveu David W. Orr em seu Prólogo, "uma transformação mais profunda no conteúdo, no processo e no alcance da educação em todos os níveis".Os artigos e ensaios reunidos neste livro - primeira publicação oficial em língua portuguesa do Centro de Eco-Alfabetização - revelam o trabalho notável que está sendo realizado pela vasta rede de parcerias desse Centro. Numa escola de nível médio, por exemplo, Alice Waters, um ícone no mundo da culinária, criou um programa que não apenas oferece aos estudantes saudáveis, mas também os ensina a cultivar uma horta - e nela estudar os ciclos da vida e os fluxos de energia - como parte do currículo. Entre os projetos estudantis apoiados pelo Centro de Eco-Alfabetização e descritos neste livro estão a recuperação e exploração de baias hidrográficas, parcerias entre fazendas e escolas, e programas de educação ecológica voltados para a justiça ambiental.Com contribuições de renomados escritores e educadores, como Fritjof Capra, Wendell Berry e Michael Ableman, Alfabetização Ecológica reúne teoria e prática com base no que existe de mais avançado em termos de pensamento sistêmico, ecologia e educação. Pais e educadores de todas as partes do mundo interessados no desenvolvimento de novas formas de ensino e na ampliação dos conhecimentos ecológicos das crianças vão encontrar neste livro uma fonte inestimável de idéias.

domingo, 22 de setembro de 2013

"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles." 



                                                                                                                         Rubem Alves



No Brasil, educação domiciliar está à margem da lei

JULIANA VINES

FOLHA DE S.PAULO
28/05/2013 - 03h35

Oitocentas famílias fazem educação em casa no Brasil, segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar. Há dois anos, eram 400 registros. "Não sabemos se houve crescimento ou se mais gente veio a público", diz Alexandre Magno Moreira, diretor jurídico da associação.
A lei brasileira não trata da educação domiciliar, o que dá margem a interpretações. A Constituição diz que educação é dever do Estado e da família; para a Lei de Diretrizes e Bases e o Estatuto da Criança, os pais devem matricular os filhos na escola.

"O mesmo artigo da Carta é usado para defender o ensino em casa e para dizer que é inconstitucional", diz Luciane Barbosa, doutoranda em educação na USP.
No entendimento do Superior Tribunal de Justiça, educação domiciliar é inconstitucional. Seis famílias já foram processadas pela prática, e, uma delas, condenada a pagar multa. Mas já há parecer favorável a uma família.
"Temos base legal para defender a prática", diz Moreira, que é professor de direito.
Hoje em trâmite na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 3.179/2012, do deputado federal Lincoln Portela (PR), faz a Lei de Diretrizes e
Bases admitir a educação domiciliar com acompanhamento do Estado. "Há 'homeschool' em 60 países. É um direito dos pais", diz Portela.

Para Maria Celi Vasconcelos, pós-doutora em educação, é muito cedo. "A universalidade da educação é recente. A desescolarização ainda é vista sob suspeita", diz ela, que é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. "As últimas políticas públicas vão no sentido de aumentar a permanência de crianças na escola", lembra.
O sociólogo André de Holanda pesquisou 62 famílias brasileiras que educam em casa. A maioria (90%) diz que sua motivação é dar uma educação melhor que a escola; 75% acham que a socialização na escola é prejudicial e 60% têm motivos religiosos.
Algumas dessas razões levaram Samuel Silva, 42, executivo, a decidir não matricular seus cinco filhos no colégio. "Eles podem render mais se forem tutorados por nós."
A família segue um currículo americano com os dois filhos mais velhos, de nove e sete anos. O material vem dos EUA e é complementado com textos em português.
"Meus filhos me perguntam se vão para a escola um dia. Um dia podemos achar que eles estão prontos", diz o pai. E se esse dia não chegar e os filhos precisarem de certificados para entrar na faculdade? "Podem fazer supletivo. Há alternativas."
Silva não teme problemas legais e rebate as críticas da falta de socialização. "É escola em casa, não é monastério. Meus filhos têm amigos, fazem futebol, coral na igreja."
Para Barbosa, a socialização na escola também é questionável. "A escola seleciona o tipo de socialização. Há colégios de ricos, de pobres. Há contato com o 'diferente', mas um diferente igual", diz.
REFERÊNCIA INFANTIL
A pesquisadora enxerga na mobilização desses pais a necessidade de repensar a instituição de ensino. "Tudo mudou na sociedade, menos a escola. Eles têm razão nas críticas", afirma. "Mas, apesar dos problemas, a escola é uma referência para a infância no Brasil e esses questionamentos poderiam ser usados para mudar a instituição. Se esses pais superengajados estivessem dentro da escola, ela seria diferente."
Vasconcelos pesquisou famílias brasileiras e portuguesas para seu pós-doutorado e diz não ser possível classificar a educação domiciliar. "Há famílias com bons resultados, mas não significa que o 'homeschool' é um sistema de qualidade." Isso porque não há um só método, há milhares. Cada família tem um.

domingo, 1 de setembro de 2013


Campanha por mais bibliotecas 

Não deixe um livro parado
Que tal fazer sua doação, ela fará diferença para crianças, jovens e seus familiares. 

Criação de uma biblioteca no NATA do bairro Santa Cruz  e fomento à biblioteca de Antonio Pereira.
local para entrega: fale conosco aqui
Dedicatória
Que punição será para mim se os livros tradicionais se transformarem, como parece estar a acontecer, em bits informáticos. Não é só o objecto, o toque do papel, o cheiro que se perde, é também a memória. Os livros digitais são muito mais efémeros, impessoais que os livros em papel. Eles não se vêem, não terão estantes onde os guardar e perder-se-ão relíquias, recordações que os livros antigos trazem consigo, como é o exemplo desta deliciosa dedicatória encontrada num livro, de José Rodrigues Migués, «Uma Aventura Inquietante» (ou não?…) Transcrevo aqui a dedicatória para aqueles que não consigam decifrar a letra:

Lisboa 30/05/81

Cândida,

Não achas que seria mais belo e sobretudo mais lógico, juntarmos os corpos às almas?...

Manel

Jaime Bulhosa