Ouro Preto, vejo-te passar!
Andas pelo tempo
Vais pelos rios
Atravessas as fronteiras
Escancaras tuas janelas
Jorras teus chafarizes
O mundo te reverencia
Não deves quedar
Mesmo depois dos chicotes
Que te arrancaram o ouro
Ou da corda que rompeu
Para te oprimir
Homens tirados de suas casas
Jamais puderam retornar
És valente e amada
Retomas o fôlego
Em teus carnavais
Nos festivais
Ao soar dos sinos
Nas cantigas de anjos
Segues em procissão
Numa promessa constante
Ainda que os homens descuidem de ti
Que chuvas possam te castigar
Apague tuas luzes
Ao ascenderem as velas
Vamos comemorar
Com o sopro do vento no Itacolomi
Que há muito assiste
Este teu caminhar

Nenhum comentário:
Postar um comentário